É BOM VIVER!

Não sei porque vivo! Não sei porque estamos no mundo! Viver é complicado; independente da crença de cada um, que pode variar muito, só do que podemos ter certeza é que viemos de nossas mães e vamos para um túmulo; isto é comum para todo mundo!
Viver pode ser complicado, mas se estou escrevendo isto, e você está lendo isto, é porque estamos vivos, então a única coisa que podemos fazer é viver da melhor maneira possível! E depois de muito tempo analisando minha vida e a vida de outras pessoas, cheguei a conclusão que viver pode ser muito divertido, e a felicidade é possível.
Ter uma vida boa e feliz é simplesmente uma questão de escolha. Podemos escolher sermos felizes ou não. O que atrapalha é a nossa eterna insatisfação e nossa eterna busca por coisas que muitas vezes são inúteis. Nossa busca por futilidades, por castelos de areia, por sonhos frágeis e inconstantes. Nossa ambição por conseguir coisas que vão além de nossa capacidade gera aquela insatisfação que nos deixa tristes e nos faz pensar que somos infelizes!
Realmente, viver é complicado, e aprendemos desde cedo que precisamos nos sacrificar a vida toda para termos as coisas que não precisamos, e que a solidão e a falta de amor são os preços que pagamos pelo sucesso!
Espero que este blog ajude você, que está me lendo agora, a repensar sua vida e descobrir como conseguir o sucesso que você tanto quer sem ter que pagar o preço exorbitante de solidão e infelicidade! Se eu conseguir isto, então eu terei tido sucesso na única ambição que governa minha vida: ensinar às pessoas que VIVER NÃO É PERIGOSO, NEM COMPLICADO!

sábado, 22 de janeiro de 2011

FALE-ME SOBRE SUA INFÂNCIA


Ah, a infância! A coisa mais difícil era aturar os pais exigindo que arrumássemos o quarto! Não precisávamos votar, trabalhar, pagar contas, não tínhamos patrão chato, trânsito estressante, não precisávamos discutir, religião, política ou a bolsa de valores! A parte mais chata era simplesmente... fazer a lição de casa! Até ir para a escola era divertido! Mas então chega o dia em que, sem sabermos como ou porque, não somos mais crianças! Começamos a fazer parte do mundo dos adultos e acabamos percebendo que não queremos mais brincar! E brincar costumava ser a melhor coisa do mundo! O que aconteceu?
O problema continua na adolescência. Os adolescentes não são ainda adultos, mas também não são mais crianças. Espera-se que comecem a demonstrar responsabilidade e maturidade, mas frequentemente eles cometem erros. Porque, afinal de contas, se os adultos não sabem como lidar com as coisas da vida, como esperar que os jovens e as crianças saibam?
Nós, adultos, somos muitas vezes tão ou mais problemáticos que os jovens. Deveríamos já ter experiência suficiente para não cometer mais os mesmos erros, mas estamos sempre agindo errado. Dizemos aos nossos filhos que não devem beber ou fumar, que estas coisas não são boas, mas então porque o fazemos, e na frente dos filhos? Ensinamos a eles que devem respeitar as outras pessoas, mas basta alguém nos fechar no trânsito que começamos a xingar, se tem um carro estranho estacionado na nossa vaga, queremos quebrar-lhe os vidros. Ensinamos a nossos filhos o valor da honestidade, mas ficamos em silêncio quando recebemos troco a mais no supermercado, mesmo quando sabemos que o coitado do caixa vai ter que pagar a diferença. Se não damos exemplos adequados, como vamos querer que nossas crianças e nossos jovens ajam adequadamente?

Este comentário do jornalista da RBS TV de Florianópolis, o Luis Carlos Prates, gerou muita polêmica (como quase todos os comentários dele). Este jornalista é conhecido por ser muito direto e intolerante. Ele não costuma perdoar desvios da sociedade e os critica abertamente em seu quadro. Não quero discutir a vida pessoal dele, seus méritos e seus pecados, porque não é este meu objetivo. Também quero deixar claro que não concordo 100% com tudo que ele diz, mas com 50%. Realmente, como professor e educador, e como pai, vejo muitos exemplos de crianças e jovens que não têm limites, e na grande maioria das vezes esta falta de limites vem de casa. Os pais não devem bater em seus filhos, ou mesmo brigar com eles, APENAS PARA DESCONTAR SUAS FRUSTRAÇÕES, ou para IMPOR MEDO aos filhos, ou ainda para MOSTRAR AOS OUTROS QUE ESTÁ EDUCANDO OS FILHOS. Não devem bater nos filhos, mas devem mostrar a eles que atitudes erradas são passíveis de punição. Avise seus filhos: errou, será advertido. Repetiu o erro, será punido. E esta punição tem que acontecer como você prometeu, ou seus filhos podem começar a não acreditar mais em você.
Quando eu estava lecionando em uma escola particular, para alunos da quinta série (sexta série hoje), eu tive um aluno de 12 anos que estava fumando maconha na sala de aula e distribuindo aos coleguinhas. Tirei todos os cigarros dele, joguei-os no cesto de lixo e despejei água em cima. No dia seguinte, o pai deste aluno, advogado importante, apareceu na escola querendo processar todo mundo. Esta foi a conversa com o diretor e dono da escola:
– Ninguém tem o direito de mexer na mochila do meu filho!
– Ah, mas ele pode distribuir drogas para os colegas?
– Não interessa, eu pago esta porcaria, e não admito que um professorzinho de m... desrespeite meu filho!
– Então o senhor deve tirar seu filho da escola, porque eu não admito drogados e traficantes aqui!
No final, o pai percebeu o que estava fazendo, começou a disciplinar mais o filho, e o garoto passou a ser um bom aluno (não o melhor, mas foi um grande progresso). Claro que não naquele ano, mas no ano seguinte, ele tinha superado em muito seu rendimento. Este é o tipo de educação que eu vejo acontecendo nos lares de hoje, principalmente nos lares das pessoas mais abastadas e (deveriam ser) mais cultas.
Ensina-se o filho que ele pode ter tudo que quer, que não precisa ter limites, e ele cresce achando que o mundo é seu. Claro que a probabilidade deste jovem tornar-se um marginal é grande. Disciplina é importante (a Super Nanny mostra isto sempre no programa dela), e é também importante que não se espanque as crianças. Elas levam algum tempo para aprender suas lições, então não devemos exigir que peguem na primeira vez. Mas se continuarmos mostrando a elas o caminho certo, e PRINCIPALMENTE DANDO BONS EXEMPLOS, a probabilidade de criarmos um monstrinho diminui muito.
Outro dia conheci o jogador de vôlei da seleção brasileira, o Giba. Ele, a mulher e a filha apareceram no local onde trabalho, e a menina jogou no chão vários folhetos que estavam sobre uma mesa. Corri para junta-los do chão quando o Giba me chamou:
– Deixe aí. Ela derrubou, ela junta!
Com a fama dele, a menina tinha tudo para crescer mimada e se achar uma princesinha, achando que o mundo está aí para servi-la. Mas não! Não sei muito sobre a vida dele, mas ele está de parabéns como pai. Isto é algo importante que devemos ensinar a nossos filhos: a responsabilidade de respondermos por nossos erros. Afinal, não quero que o Prates esteja 100% certo. Algum pai aí quer?